4 de junho de 2011

Região turística do Pantanal

        
A região turística do Pantanal, dentro do estado de Mato Grosso, não é a maior em proporção territorial, como pode ser observado na figura 09, mas é a região com o maior número de atrativos e municípios que participam diretamente da atividade turística. Isto devido a região ser um bioma único constituído pela maior planície alagada do mundo, no qual abriga uma das maiores reservas ictiológicas da América do Sul.
Juntamente com as belezas naturais desta região turística do estado encontra-se o homem pantaneiro, personagem típico, adaptado ao balé das águas da região e que preserva as tradições culturais e que se tornam um atrativo a parte, pois as fazendas estão abrindo suas portas para o recebimento de turistas e transformando-as em pousadas com atividades relacionadas ao ecoturismo, turismo rural, turismo contemplativo e turismo histórico-cultural.

Região turística do Pantanal
Fonte: SEDTUR

Os principais destinos que compõem a região do Pantanal são: Rota do Peixe, Rota das Baías, Rota dos Pousos Pantaneiros, Rota do Turismo Rural e Parque Nacional do Pantanal.

a)    Rota do Peixe
A Rota do Peixe é feita no município de Várzea Grande, município da grande Cuiabá, e em seus distritos, Bom Sucesso e Passagem da Conceição, comunidades ribeirinhas que estão se estruturando para o recebimento de turistas. Lá o turista pode desfrutar da gastronomia local e conhecer um pouco da história e da cultura da região que detêm de muita história. Nesta rota o turista pode conhecer o modo de vida, histórias e lendas da comunidade contadas por moradores antigos, além de visitar peixarias, engenhos e a Casa da Memória, uma réplica das antigas casas de taipas, feita em bambu e barro batido. A comunidade autóctone é muito hospitaleira e o turista pode participar do cotidiano deles fazendo redes para pesca, barcos e outras atividades local.

Pacu assado e pescaria
Fonte: Silvio Vince Esgalha

b)    Rota das Baías
A Rota das Baías é composta pelos municípios de Santo Antônio do Leveger e Barão de Melgaço, cada qual com suas peculiaridades. A cidade de Santo Antônio do Leveger é conhecida por suas praias, artesanato e carnaval. E Barão do Melgaço é considerado o município mais pantaneiro de Mato Grosso por possuir apenas 2,5% de seu território em terra firme sendo o restante puro Pantanal.
A principal baia da região é a baía de Chacororé, que possui diâmetro aproximado de 15 quilômetros e na época da cheia fica duas vezes maior que a baía de Guanabara. Nessas baías a fauna e flora são abundantes e ao visitá-las o turista sempre encontrará algum integrante da fauna local.

Baía de Chacororé
Fonte: SEDTUR

Além das belezas naturais essa rota possui um memorial em homenagem ao Marechal Cândido Mariano Rondon, o Memorial Rondon, em homenagem ao patrono das comunicações no Mato Grosso, que nasceu em Mimoso, um pequeno povoado distrito de Santo Antônio do Leveger, localizado ás margens da Baía de Chacororé.

c)    Rota dos Pousos Pantaneiros
Na Rota dos Pousos Pantaneiros os principais município que fazem parte são: Poconé, Porto Jofre e Porto Cercado e nesta rota o turista percorrerá o interior do Pantanal.
Poconé é um município considerado tipicamente pantaneiro devdo suas casas conservarem a arquitetura do século XIX quase intacta. Além disso, o município é conhecido pelas comidas típicas e pela Dança dos Mascarados (ver figura 12), uma dança secular que só acontece no município e que ainda tem grande representatividade na comunidade, principalmente entre os jovens que almejam poder dançar. É a partir de Poconé que chega-se à Porto Jofre, pela Transpantaneira, e até Porto Cercado, pela MT-370.
Até Porto Jofre percorre-se 126 pontes pela Rodovia Transpantaneira, local onde é possível se observar a fauna e flora pantaneira. E Porto Cercado, outro ponto de referência para a visitação no pantanal, pode se encontrar a mesma paisagem da Transpantaneira. O diferencial de Porto Cercado é o hotel do Serviço Social do Comércio – SESC, o SESC Pantanal, no qual são desenvolvidos trabalhos orientados para o desenvolvimento sustentável, adequados à educação ambiental e pesquisa científica em uma Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN de 106.000 hectáres..
Dança dos Mascarados

d)    Rota do Turismo Rural
A principal cidade que compõe esta rota é o município de Cáceres, considerada como a Princesinha do rio Paraguai, e o município, além de ter tido forte representatividade histórica em relação ao comercio no século passado, possui o Festival Internacional de Pesca – FIP (ver figura 13), que é realizado ás margens do rio Paraguai e é considerado pelo Guinness Book como o maior festival de pesca em água doce do mundo. Além da pesca no festival existem lagoas, como as de Gaíva, Mandioré e Uberaba, que pode ser praticada a pesca esportiva. Ainda possui grutas na região serrana e a Lagoa da Água Milagrosa, que até hoje nenhum mergulhador conseguiu alcançar o fundo.

Festival Internacional de Pesca – FIP e Igreja Matriz
Fonte: Silvio Vince Esgalha

Muitas fazendas seculares representam o poderio comercial do passado em pleno pantanal e podem através das casas grandes, das senzalas, e das capelas com imagens trazidas da Europa apresentar aos turistas a pujança econômica ocorrida na região no século passado. Além de pesca e de história o turista pode participar do dia a dia das fazendas e vivenciar as atividades que são desenvolvidas pelos homens pantaneiros.

e)    Parque Nacional do Pantanal
O destino Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense abrange 138.000 hectares e está localizado no município de Poconé. O acesso ao parque é extremamente difícil, pois, após cruzar a Rodovia Transpantaneira até Porto Jofre é necessário pegar um barco para chegar ao parque, entrada essa que nem sempre é possível, pois a entrada no Caracará, como também é conhecido o parque, só é possível com autorização do IBAMA e acompanhamento de um guia.


Ligadas ao parque se encontram fazendas que, após terem sido adquiridas pela Fundação Ecotrópica, foram transformadas em RPPN e passaram a constituir um grande complexo de área úmida. Estas áreas estão abertas para visitação e prática do ecoturismo. Porém a atividade turística no parque ainda não é desenvolvida de forma estruturada e depende de que o turista tenha um espírito aventureiro.

Denise Tolosa Nogueira
Texto adaptado de minha monografia de especialização
Existem muito mais atrativos e cidades nesta rota

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